Tão importante quanto ter um bom provedor de internet para a navegação é ter uma ótima solução de segurança de rede. A internet, que por muitos é conhecida como “território livre”, é tão interessante quanto perigosa, portanto, a navegação sem a proteção das devidas ferramentas é um grande risco.
Firewall, que em tradução livre seria “parede de fogo”, é uma ferramenta de segurança baseada em software e hardware. A partir de um plano de regras, o firewall analisa o tráfego da rede para indicar quais atividades de transmissão e recepção de dados podem ser iniciadas, além de análise profunda dos pacotes, mesmo sendo eles criptografados.
Afinal, como funciona e quais são os tipos de firewall? Quais são as outras estratégias eficientes para garantir a segurança de rede? Confira em nosso post!
O funcionamento de um firewall
Sendo um agente de segurança de rede, o firewall trabalha para proteger o seu computador com bloqueios e impedimentos de dados. Mas tudo isso acontece por meio de regras e algoritmos de segurança que podem ser modificadas pelo administrador.
Em um modo mais restrito, o firewall pode até mesmo bloquear todo e qualquer tráfego de dados do computador ou da rede conectada, o que tornaria, de fato, esse computador isolado de tudo.
Os firewalls podem também ser configurados para liberarem a maior parte dos tráfegos de rede, bloqueando apenas determinados dados, como conexões a serviço de contas de e-mail.
Assim, essa ferramenta pode atuar em duas frentes diferentes: liberar todo o tráfego e bloquear apenas determinados dados, ou bloquear tudo e liberar apenas o tráfego indicado.
Os tipos de firewall
O funcionamento do firewall pode acontecer de formas diferentes. O que definirá essas formas de trabalho são os critérios da empresa desenvolvedora, características específicas do que será protegido, tipo do sistema operacional, entre outros.
Com uma atividade tão complexa, é claro que teríamos diferentes tipos de firewall. Confira a seguir.
Filtragem de pacote
Primeiras soluções de firewall criadas. Têm uma metodologia simples e limitada, porém oferecem um nível de segurança aceitável.
Pode-se encontrar dois tipos de filtragem de pacote: filtros estáticos, que são os mais comuns e simples; filtros dinâmicos, que consistem em uma filtragem de pacote mais evoluída.
Firewall de aplicação ou proxy
Popularmente conhecido como proxy, esse tipo de firewall age como uma solução de segurança, intermediando a ligação de uma rede interna ou externa e o computador do usuário.
Inspeção de estados
Considerado por muitos especialistas como a evolução da ferramenta, esse tipo de firewall trabalha como um previsor, fazendo uma comparação entre os acontecimentos atuais e o que está programado para acontecer.
A arquitetura dos firewalls
Quando nos referimos à arquitetura dos firewalls estamos falando sobre como essa ferramenta é implementada e projetada. No geral, existem três tipos diferentes de arquitetura, que explicaremos a seguir.
Arquitetura dual-homed host
Tem esse nome em referência ao fato de o host dessa arquitetura ter, pelo menos, duas interfaces de rede. Nessa forma, existe um computador denominado dual-homed host — este fica entre as redes externas e internas.
Screened host
Nessa modalidade, não há apenas uma máquina sendo utilizada como intermediadora entre as redes. Na verdade, existem duas: uma chamada de bastion host e outra que representa o roteador.
Screened subnet
Essa arquitetura também conta com o bastion host, entretanto, o bastion host se encontra em um local isolado. Esse local se chama DMZ (Demilitarized Zone).
Novas estratégias de rede
Além de utilizar um firewall, outras ações podem ser estabelecidas para tornar as defesas da rede cada vez mais sólidas. Vamos conhecer algumas delas.
Combinação entre inovação e segurança
Possibilitar uma experiência dinâmica no acesso à internet em um ambiente corporativo é um requisito fundamental para a transformação digital dentro de uma empresa. Quando os gestores conseguem alinhar esse objetivo à segurança adequada, melhor ainda.
É importante notar que a tecnologia se tornou protagonista na geração de novas oportunidades de negócio. Empresas de diversos segmentos dependem de soluções digitais para continuarem oferecendo os melhores serviços necessários.
Assim, temos um novo paradigma, com novas demandas e clientes cada vez mais exigentes, novas estratégias e perspectivas são necessárias para a sua rede.
Para enfrentar esses desafios, as empresas precisam examinar com atenção os níveis de acesso dos colaboradores, monitorar o data center de sua infraestrutura e descobrir como estabelecer ações práticas para lidar com a ampla quantidade de dispositivos conectados à rede.
Uma forma eficiente de conseguir atingir esses objetivos é trabalhar no aumento da largura de banda: isso faz com que os hackers que agem de maneira individual tenham muito mais dificuldade para lidar com uma defesa mais ampla e robusta.
Mobilidade e IoT
Para entender como estender a mobilidade do acesso à rede sem comprometer a segurança geral, é útil identificar as tendências que estão impulsionando a transformação digital no ambiente corporativo.
A mais importante delas é a necessidade de mobilidade corporativa resultante de uma quantidade maior de dispositivos conectados à infraestrutura da empresa. O Gartner, instituição norte-americana de consultoria, estima que cerca de 20 bilhões de dispositivos atrelados à Internet das Coisas (IoT) serão implantados globalmente até 2021.
IoT é o termo utilizado para se referir a soluções digitais integradas, em que existe uma conexão entre os elementos por meio da rede. Com essa combinação, fica mais fácil para essas ferramentas atingirem um potencial mais otimizado de funcionamento.
O conceito foi estabelecido, em grande parte, após o artigo de um dos grandes gênios da ciência da computação, o americano Mark Weiser.
A Internet das Coisas se desdobrou para descrever diferentes tipos de interação por meio da web. Com esses números fornecidos pelo Gartner podemos constatar que a estrutura geral das redes vai precisar mudar muito para que os gestores consigam acompanhar as demandas do mercado.
As ferramentas de IoT fornecerão um número cada vez maior de dados gerados em tempo real para ajudá-los a entender as necessidades dos clientes, monitorar a infraestrutura e otimizar os processos gerais. Tudo isso de forma a priorizar a mobilidade corporativa, já que o acesso remoto é cada vez mais facilitado.
Um número bem maior de informações estará disponível na rede, que deverá ser devidamente protegida para suportar essa enorme quantidade de dados. Firewalls cada vez mais robustos serão uma parte importante dessa defesa.
BYOD
Gestores e CIOs estão sempre em busca de melhores condições para otimizar o trabalho desempenhado pelos colaboradores.
Uma forma de deixar o ambiente mais acolhedor é a política de BYOD (Bring Your Own Device, ou Traga seu Próprio Dispositivo), que possibilita que os trabalhadores utilizem seus equipamentos eletrônicos pessoais dentro da companhia.
A iniciativa já é utilizada por grandes organizações e por startups que já descobriram os benefícios de proporcionar ao colaborador a possibilidade de operar com o dispositivo que prefere. Essa política requer alguns cuidados por parte da companhia para preservar seus dados.
A boa notícia é que o BYOD é uma excelente oportunidade para a empresa reforçar as suas defesas.
Um exemplo: muitos usuários tendem a resistir à adoção de senhas ou acessar o recurso de bloqueio de tela em seus dispositivos pessoais. Esses profissionais acreditam que o estabelecimento delas se torna um obstáculo ao acesso facilitado ao conteúdo e às funções de seus aparelhos.
No entanto, essa não é uma reclamação válida no ambiente corporativo, onde há um grande volume de informações sigilosas às quais os dispositivos conectados aos sistemas corporativos têm acesso. Assim, é perigoso permitir a operação irrestrita e direta desses telefones conectados à rede interna.
Dessa forma, além de estabelecer um meio para que os colaboradores utilizem equipamentos que atendam às suas necessidades e preferências, o BYOD vai reforçar naturalmente a segurança dos dados da companhia. Como os profissionais serão submetidos a um controle mais rígido, a tendência é que a rede geral se torne mais protegida.
Se os profissionais da sua empresa quiserem usar seus dispositivos com configurações personalizadas, outra medida eficiente é implementar uma senha mais complexa para esses aparelhos. Para isso, uma boa opção é uma combinação alfanumérica forte e longa, evitando implementar apenas um PIN simples de quatro dígitos.
Segurança integrada
Esse termo se relaciona às práticas de defesa em profundidade, designando o que há de mais seguro em proteção à rede. A ideia, aqui, é que as soluções adotadas sejam integradas e se completem para garantir um nível maior de vigilância
Embora o conceito se assemelhe às funcionalidades da IoT, a segurança integrada é mais associada a funcionalidades de inteligência artificial e machine learning, ou aprendizado de máquina. Isso faz com que o próprio sistema assimile os padrões de comportamento mais adequados para combater diferentes ameaças.
Assim, o combate a diferentes riscos é automatizado e se torna imediato. Podemos exemplificar: ao verificar uma determinada forma de ataque, o firewall tem como comportamento comum ativar todos os antivírus conectados e bloquear o acesso dos computadores à internet para evitar danos mais severos.
Além disso, as chaves de criptografia também seriam alteradas, proporcionando um meio valioso para impedir quebras de sigilo e acesso direto às informações próprias do negócio.
Tanto o machine learning quanto a inteligência artificial têm produzido meios poderosos para aumentar a segurança da informação e das redes.
Os bots gerados por essas tecnologias conseguem reconhecer padrões utilizados por invasores e memorizar as ações imediatas para combatê-los.
O firewall e a segurança de rede
Os firewalls são parte essencial de uma estratégia de proteção. Ainda que utilizados corretamente e atualizados, eles precisam de programas complementares, como os antivírus, para que tornem a segurança de rede totalmente eficaz.
Mas ele não é o único recurso que vai ajudar a sua empresa a se manter protegida. Confira, nos tópicos a seguir, como você pode complementar a proteção obtida com um firewall.
IDS/IPS
IDS e IPS são siglas importantes quando estamos falando em segurança de redes. Ambas são soluções de segurança e defesa que, quando combinadas com um firewall, aumentam consideravelmente a segurança de uma rede corporativa.
O IPS é um sistema de prevenção de intrusão. Sua função é identificar intrusões, analisar a sua periculosidade e alertar o administrador de rede — tudo enquanto também bloqueia o acesso do intruso. Trata-se de um software criado exclusivamente para prevenir ciberataques.
Já o IDS é uma técnica de segurança cuja sigla significa sistema de detecção de intrusos. Esse recurso funciona de forma passiva, utilizando o monitoramento de tráfego de rede como principal recurso para alertar tentativas de ataque e invasão. Sua função é automatizar a detecção de intrusos e deixar as tarefas do firewall da sua empresa ainda mais simples.
VPN
Entre as estratégias existentes para complementar a efetividade de um firewall, o uso de uma VPN é uma das mais populares. VPNs, ou redes virtuais privadas, são uma maneira de proteger a sua navegação dos riscos das redes públicas, como a interceptação de sinal.
Uma VPN e um firewall podem ser combinados para que apenas mediante o uso da rede privada os documentos da sua empresa estejam disponíveis. Isso é particularmente importante na era do Bring Your Own Device, quando não é possível controlar todas as conexões dos usuários e garantir que eles estão em redes protegidas o tempo todo.
Criando uma rede segura a sua empresa poderá oferecer facilidades para os colaboradores, incluindo o trabalho remoto, sem colocar em risco os dados de clientes armazenados nos servidores locais ou na nuvem. Essa camada extra de segurança faz toda a diferença em tempos como os que estamos vivendo, em que cada vez mais funcionários precisam acessar documentos sigilosos e importantes de redes domésticas não protegidas.
Uso de proxies
Os proxies são outro recurso importante para quem quer uma rede protegida. Nas infraestruturas digitais de redes, o proxy é um computador dedicado — ou um sistema em execução em um computador — que atua intermediando a conexão entre um dispositivo e outro servidor.
O proxy serve para dar aval às solicitações e controlar a complexidade delas. Ele pode coexistir com um firewall ou ser instalado em um servidor separado — o qual encaminha as solicitações feitas por meio do firewall para garantir ainda mais proteção. Seu uso facilita a segurança, bem como ajuda a economizar banda e a aumenta o desempenho das redes.
Neste artigo você descobriu a importância do firewall para segurança de rede, entendeu o seu funcionamento, os tipos e a importância de utilizá-lo com ferramentas complementares.
Vimos, também, como as estratégias de proteção da rede têm evoluído com a transformação digital. Apesar de indispensável, o firewall é apenas uma das linhas de defesa para que os seus sistemas se mantenham protegidos.
Para obter uma solução completa de segurança, a sua empresa poderá se interessar no outsourcing de TI. A contratação de uma consultoria especializada em proteção de redes trará profissionalismo para as suas ações de segurança e muito mais proteção para os dados do seu negócio.
Um bom sistema de segurança combina um firewall e outras soluções de segurança, como ISPs, IDS, VPNs e proxies para criar uma camada de proteção rígida em torno das suas redes. Quando implementadas por profissionais, esses recursos são suficientes para manter os dados dos seus clientes longe de ciberataques, quer a sua equipe trabalhe com os próprios dispositivos e redes ou exclusivamente no escritório.
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